Vista na exposição individual 'Cartas para um lugar', na Galeria de Arte BDMG Cultural. Belo Horizonte, 2018. Foto: Victor Galvão.
Vista na exposição individual 'Cartas para um lugar', na Galeria de Arte BDMG Cultural. Belo Horizonte, 2018. Foto: Victor Galvão.
Detalhe. Vista na exposição individual 'Cartas para um lugar', na Galeria de Arte BDMG Cultural. Belo Horizonte, 2018. Foto: Victor Galvão.
Vista na exposição individual 'Cartas para um lugar', na Galeria de Arte BDMG Cultural. Belo Horizonte, 2018. Foto: Victor Galvão.
+ Sobre
Paisagens Rotas
2016 – 2017
Carvão, pastel seco, pigmento natural, grafite e óleo de linhaça sobre papel mata borrão 250g.
Série de oito (08) trabalhos: 66 x 97 cm cada.
Moldura em caixeta crua com vidro.
Série de doze (12) trabalhos: medidas variadas.
Moldura preta com vidro.
Tríptico: 321 x 107 cm.
Molduras em caixeta crua com vidro.
Paisagens Rotas é uma pesquisa visual em desenho que tem início na exploração de diversos materiais – carvão, pigmentos naturais, pasteis, grafite, óleo de linhaça, cera de abelha e parafina. A utilização desses materiais envolve situações acidentais e casuais decorridas dos processos alternativos de aplicação e fixação destes sobre a superfície de papéis mata borrão. A realização das Paisagens envolve uma grande carga de incerteza e provisoriedade gerada pelas características próprias dos materiais escolhidos e pelos processos utilizados.
O nome sugere a construção de um lugar de caminhos possíveis, assim como um lugar onde se vislumbram espaços rotos, quebrados, desconexos, que indicam a existência de algo que os interligue. Um espaço de memórias partidas, da ausência de sentido, ou de uma estrutura que resta apenas em parte, em cacos, a se decifrar. Da mesma forma, o nome aponta para a possibilidade de se percorrer esses espaços, através de rotas que perpassam esta paisagem fragmentária em uma construção metafórica do próprio pensamento.
Os desenhos se abrem como vetores para a reflexão sobre o espaço geográfico, histórico e político no qual estamos inseridos. Apontam para a possibilidade de se pensar a construção de um imaginário próprio ao meio, que carrega sua importância tanto na formulação do fazer imagem, no ato de desenhar, quanto no espaço aberto da visão e da elaboração possíveis através do olhar do observador. Penso em como a memória física do terreno soma-se a memória individual e coletiva, através de uma construção que se interliga na dimensão da paisagem natural e na presença da interferência humana sobre o espaço.
+ Trabalhos da série