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Plano e Risco

2019 [16 de março 20 de abril]

Galeria Periscópio de Arte Contemporânea Belo Horizonte, MG Brasil

                                                           

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Na mostra Plano e Risco, somos tomados pela evidência de um lugar que se projeta sobre a noção
de uma fronteira imprecisa, em um espaço limítrofe entre o conhecido e o desconhecido, entre a segurança e a indeterminação.


Através de caminhos distintos, entre espaços vazios, desconhecidos e fragmentados presentes
nas obras, podemos nos encontrar em um complexo de imagens, um espaço próprio da incerteza,
da indeterminação e da suspensão da razão, que se abre em direção ao outro, ao mundo, à história
e ao desconhecido. A realização das paisagens, que dominam o universo imagético na obra do artista, envolvem uma grande carga de incertezas e provisoriedades geradas pelas características próprias
dos materiais escolhidos e pelas técnicas e processos utilizados. Hargreaves explora diferentes caminhos através dos trabalhos, que se constroem e se relacionam exaustivamente com questionamentos em torno da elaboração de um lugar.

 

O artista busca nas regiões fronteiriças, alguma informação que escape, como que infestando estes espaços externos: informações que invadem as demarcações que separam e definem; objetos suspensos no vazio.


Cada desenho remete a um lugar possível, que se interliga de certa maneira pela proximidade estética
e técnica, porém mostram não estar conectados a um só espaço, mas fazem menção a um lugar distante, mitológico, ao mesmo tempo que presente e comum.

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Hargreaves parece nos questionar, através das imagens, sobre as formas e as relações como a memória física do terreno somam-se às memórias individuais e coletivas, seja através da construção de imagens – desenhos – signos, que se interligam, seja nas dimensões da paisagem natural e na presença
da interferência humana nessa paisagem.

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Com a ficcionalização de lugares e territórios, em constante construção e transformação, os desenhos
se abrem como vetores para a reflexão sobre o espaço geográfico, histórico e político no qual estamos inseridos. Apontam para a possibilidade de se pensar a construção de um imaginário próprio, inferindo importância na formulação do fazer imagem que se dá, tanto em relação ao ato de desenhar, quanto
no espaço aberto pela visão e elaboração que ocorrem através do olhar do observador.

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